sexta-feira, 25 de junho de 2010

Possibilidades da aquarela

Ao pensarmos em aquarela, geralmente imaginamos que seja apenas um tipo específico de tinta, como o são o guache, a têmpera, etc, entretanto a denominação aquarela é mais abrangente, e diz respeito também a qualquer tinta ou pigmento usado de maneira diluída. Nada disso porém exclui a produção de tinta específica para a pintura em aquarela, bem como de pincéis e papéis específicos para sua execução. Na aquarela tradicional, a cor branca não é utilizada: o branco precisa ser o do próprio papel. Em uma pintura com tinta acrílica, por exemplo, o branco é necessário para tornar os pigmentos mais claro; por sua vez, na aquarela, os tons mais claros se dão pela adição de água. Vale a pena testar diferentes e inusitados pigmentos diluídos em água, muito embora os resultados não sejam aqueles obtidos com o uso de uma tinta profissional responsável pela transparência das cores. Neste esboço da Ana Terra utilizei café solúvel e aquarela preta para o cabelo.
Para finalizar, uma sempre válida observação de CHILVERS(p.25)sobre a aquarela:(...)o maoir desenvolvimento da técnica se deu na Inglaterra dos séculos XVIII e princípios do séc.XIX, em particular na pintura de paisagens (...) Por volta de 1800 teve início um período de transição para uma abordagem mais arrojada, em que as cores foram usadas livre e diretamente (...)Girtin foi o mestre consumado da técnica clássica, mais livre, e Turner não teve rivais quanto à variedade de efeitos obtidos(...) No impressionismo, a qualidade de obtenção de efeitos espontâneos, tornou-se largamente apreciada, e a técnica deixou de ser tão somente uma especialidade inglesa.

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